sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Brasileiros descobrem novo alvo para tratamento de Parkinson

Corte do neurotransmissor acetilcolina pode reduzir efeitos da doença.
Grupo começou pesquisa na UFMG e hoje trabalha no Canadá.
Tadeu Meniconi
Do G1, em São Paulo

O mal de Parkinson, entre outros efeitos, desregula a produção de neurotransmissores, substâncias químicas que fazem a comunicação entre as células do cérebro. Uma pesquisa publicada pela revista científica “PLoS Biology” mostra que a eliminação de uma dessas substâncias pode evitar que a doença se manifeste.
Trabalhando com camundongos, os cientistas conseguiram, com uma alteração genética, cortar a produção do neurotransmissor acetilcolina em uma região do cérebro chamada de corpo estriado.
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Com o corte, eles perceberam que muitas funções que eram creditadas à acetilcolina são feitas por outro transmissor, chamado glutamato. Por isso, sua ausência não traz consequências graves para o corpo estriado. O resultado foi recebido com surpresa.
“A descoberta é que um mesmo neurônio pode secretar dois tipos de neurotransmissores e que eles podem regular o comportamento de maneira diferente”, afirma Marco Prado, um dos autores da pesquisa. “O conceito já existia, mas não havia evidências, é a primeira vez”, completa.
Prado é brasileiro e começou a pesquisa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em 2008, se transferiu com todo o seu grupo para a Universidade de Western Ontario, no Canadá.
Dopamina
A redução na taxa de acetilcolina é importante pela influência que ela causa sobre outro neurotransmissor: a dopamina. Quando uma está em alta, a outra está em baixa. Quando os cientistas cortaram a acetilcolina, a taxa de dopamina dos camundongos subiu.
Isso pode ser usado para tratar o mal de Parkinson, já que ele está relacionado à queda nos níveis de dopamina no corpo estriado do cérebro.
“Uma das coisas que a gente tem expectativa de fazer é usar o mesmo tipo de técnica para tratar um modelo animal da doença de Parkinson”, projeta Prado. Se a técnica der certo em repetidos testes com animais, pode até vir a ser aplicada em humanos, acredita o cientista.

domingo, 22 de maio de 2011

Brasil lança associação para fortalecer o setor de biotecnologia

Ela reúne empresas e entidades do setor e tem como meta impulsionar o segmento que movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano no Brasil. Foi lançada nesta quarta-feira (23), em Brasília (DF), a Associação Brasileira de Biotecnologia (BrBiotec Brasil). A unidade reúne empresas e entidades do setor e tem como meta impulsionar o segmento que movimenta cerca de US$ 10 bilhões por ano no Brasil. A agência tem o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e como missão alinhar o País à agenda biotecnológica internacional. De acordo com informações da Apex, o objetivo é facilitar a criação de parques biotecnológicos, assim como possibilitar o ingresso do Brasil na rota dos grandes investimentos internacionais. Também com o intuito de fortalecer o segmento, o Comitê Nacional de Biotecnologia (CNB) discutiu ontem (24) medidas para alavancar a indústria de biotecnologia no Brasil. Promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o encontro tratou sobre a posição do País em relação ao Protocolo Suplementar de Nagoya-Kuala Lumpur de Responsabilidade e Compensação por danos ambientais. O instrumento criou obrigações para as empresas brasileiras que desenvolvem biotecnologia, em especial para a agricultura. Entrou na pauta, ainda, o andamento da atual Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de Biotecnologia e o que se espera para a próxima fase do instrumento, que contempla medidas para o período de 2011 a 2014. "Em 2010, a PDP de Biotec cumpriu as metas estabelecidas com o desenvolvimento de projetos em diferentes frentes e a expectativa para 2011 é avançar ainda mais de forma sintonizada com as demandas do Fórum de Competitividade da Biotecnologia", disse a diretora da ABDI, Maria Luisa Campos Machado Leal.

Retirado de: http://biotecinbrasil.blogspot.com/2011/03/novidades-para-biotecnologia-brasileira.html

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aprovada no Brasil nova vacina GM contra doenças que afetam as aves

O produto foi liberado comercialmente pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) após as avaliações de segurança

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou hoje (14/4) uma nova vacina recombinante de uso veterinário. O produto atua contra duas importantes enfermidades em aves, a doença de Marek (caracterizada por tumores em diferentes regiões do corpo) e a laringotraqueíte infecciosa (doença respiratória aguda). Ambas são graves e frequentemente levam o animal à morte.

Com essa aprovação, já são 12 vacinas geneticamente modificadas (todas de uso animal) liberadas para comercialização no Brasil, além de oito variedades de algodão, 5 de soja, 15 de milho e uma levedura para produção de biocombustível.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Biotechnology: an introduction

Biotechnology and gene therapy

Biotecnologia

Fundo Tecnológico vai apoiar biotecnologia e energia alternativa Redação do Site Inovação Tecnológica

16/03/2011

Alvos tecnológicos

A diretoria do BNDES definiu os focos de atuação do Fundo Tecnológico (Funtec) para o exercício de 2011, que contemplará os setores de energia, meio ambiente, saúde, eletrônica, novos materiais, química, transportes e petróleo e gás.

O BNDES Funtec estabelece anualmente alvos de atuação, de forma a direcionar o seu apoio a projetos de desenvolvimento tecnológico e de inovação considerados prioritários ao desenvolvimento produtivo do Brasil.

Ganharam ênfase, em 2011, temas como geração de energia a partir de fontes alternativas, com o desenvolvimento de novas tecnologias para energia eólica, energia solar, biogás e energia a partir de resíduos.

Áreas prioritárias

No segmento de transportes, um dos alvos é o desenvolvimento de baterias para armazenamento de energia para veículos elétricos, além de soluções inovadoras de transporte regional voltadas para a redução da poluição e do consumo energético e para a utilização de energia renovável.

Na área da saúde, a atuação do BNDES Funtec se dará no desenvolvimento de biofármacos, vacinas, terapias celulares e gênicas de origem biotecnológica, não produzidos no país, destinados ao tratamento de doenças oncológicas, autoimunes e dos sistemas nervoso e cardiovascular.

Na eletrônica, um dos destaques será o desenvolvimento de equipamentos capazes de garantir a implementação do Plano Nacional de Banda Larga.

Já no segmento de petróleo e gás, um dos focos será o desenvolvimento de equipamentos e processos de fabricação nas cadeias produtivas.

Inovação estratégica

Com recursos não reembolsáveis e participação de até 90% do valor total do projeto, o BNDES Funtec destina-se a apoiar financeiramente projetos que objetivem estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação de interesse estratégico para o país, em conformidade com programas e políticas públicas do governo federal.

O Fundo destina recursos para projetos apresentados por instituições tecnológicas e de apoio, que contem com a participação de empresas intervenientes que exerçam atividade econômica diretamente ligada ao projeto de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Em 2010, o BNDES Funtec aprovou 27 projetos, com apoio total de cerca de R$ 200 milhões, principalmente nos setores de eletrônica e meio ambiente, que corresponderam, respectivamente, a 27,9% e 21,25% do total dos recursos comprometidos.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cientistas constroem proteína sintética capaz de sustentar a vida

A descoberta de cientistas da Universidade de Princeton pode ajudar na “construção” de novos sistemas biológicos.

O grupo de pesquisadores desenvolveu sequências genéticas nunca vistas e demonstrou que elas podem produzir substâncias que mantêm a vida em células quase como as proteínas da natureza. “O que fizemos são máquinas moleculares que funcionam bem em organismos vivos embora sejam expressas por genes artificiais”, afirma Michael Hetch, professor de química em Princeton e coordenador da pesquisa. O estudo sugere que os componentes moleculares necessários para a vida não estão restritos àqueles encontrados na natureza.

O trabalho é um avanço na biologia sintética e pode ser usado para desenhar e fabricar componentes biológicos que já não existem naturalmente. Os potenciais usos desse conhecimento incluem diversas áreas, a exemplo da medicina. Um dos cientistas está investigando como a duplicação de proteínas do cérebro pode levar ao mal de Alzheimer, e isto envolve uma pesquisa por compostos que impeçam este processo.

Estas seqüências artificiais têm sido inseridas em várias bactérias mutantes que tiveram alguns genes naturais, indispensáveis para a sobrevivência da célula, previamente apagados. Se a bactéria mutante assumir a nova proteína como sua, a célula poderá sobreviver.
Fonte: Science Daily - 07 de Janeiro de 2011
Retirado de: http://www.cib.org.br/em_dia.php?id=1322